O caso Tancos
A Justiça em Portugal funciona de forma particularmente interessante (há falta de melhor palavra).
Nem questiono o timing da acusação do Azeredo Lopes nem o facto de coincidir com o período de campanha eleitoral às Legislativas, porque a Justiça funciona quando tem de funcionar.
Temos um assalto às armas de um dos paióis de Tancos. Vamos penalizar quem cometeu o crime? Não. O mais importante é perceber quem esteve envolvido na encenação para o aparecimento das armas.
Sim, obviamente que a encenação também constitui um crime. Mas eu não conheço uma única pessoa que estando num cargo como o de Azeredo Lopes, ou um outro qualquer cargo do Governo ou do Estado que não fizesse o mesmo para tirar as armas de “circulação” e preservar o nome das instituições envolvidas.
Não sejamos tão ingénuos.