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A Woman in Politics

Millennials are changing the future of politics

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A Woman in Politics

06
Nov18

O PSD e o banho de ética

Rio avançou para a liderança do PSD e anunciou nada mais nada menos que o famoso “banho de ética”. Apresentou-se como um político “sério”, “austero”, e diferente de todos os outros e, com esta visão, o PSD de Rio pretendia conquistar votos ao centro, essencialmente, dos abstencionistas.

De lá para cá o PSD tem-se fragmentado por motivos variados e as polémicas que afetam os "laranja" não têm faltado.

Começou com a escolha de Elina Fraga e Salvador Malheiro para vice-presidentes do partido, quando estavam a braços com alguns processos, na Ordem dos Advogados e na Câmara de Ovar, respetivamente.

Quase na mesma altura, veio a público as “imprecisões” que afetavam o cv de Feliciano Barreiras Duarte, secretário-geral do PSD na altura, e não muito tempo depois Feliciano saiu. Não sem antes o líder do partido dizer que as explicações de Feliciano eram suficientes (basicamente não entendia que houvesse problema algum) e depois acrescentar que tinha sido “um massacre, um exagero” a forma como a opinião pública tinha lidado com este processo.

Meses depois, anunciou-se uma espécie de caça às bruxas no partido. Todas as candidaturas que nas eleições autárquicas de 2017 tivessem ultrapassado o orçamentado pelo Partido teriam de pagar ou estariam a braços com processos na justiça. Todas as candidaturas? Bem, as que o líder do PSD quisesse, porque segundo a liderança do partido “cada caso seria um caso”...

A “nova” do PSD, anunciada pelo Semanário Expresso, refere “Silvano [atual secretário-geral do PSD] com presença em plenários a que faltou”. Para além de ficarmos a saber que a presença em plenários dá um subsídio de 69 euros, ainda tomamos conhecimento que Silvano tenta ir sempre à Assembleia da República, nada mais nada menos para... “assinar a presença”. Louvável e extremamente ético para um deputado e ainda mais para um secretário-geral de um partido.

Questionado sobre a moralidade da conduta do seu secretário-geral, Rui Rio atira que “não belisca o PSD nem fragiliza o deputado. Não é agradável nem positivo, mas esse caso não passa de uma pequena “questiúncula” e pergunta “se isso é mais importante do que o programa que o PSD tem para o país?”.

Eu ia jurar que a parte do banho de ética constava no programa que o PSD tem para a política e para o país, mas parece que também fui enganada.

Veredito final: adeus votos dos abstencionistas!

22
Out18

Pela liberdade de expressão

Partilho na íntegra o último artigo escrito pelo jornalista assassinado, Jamal Khashoggi, para o The Washington Post. Este texto integra a edição de hoje do Expresso Diário. O texto foi traduzido por Luís M. Faria.

O que o mundo árabe mais precisa é de liberdade de expressão

Estava online, recentemente, a ver o relatório “Liberdade no Mundo” e cheguei a uma grave conclusão. Só há um país no mundo árabe que pode ser classificado como “livre”. Essa nação é a Tunísia. A Jordânia, Marrocos e o Kuwait vêm em segundo lugar, com a classificação “parcialmente livres”. Os restantes países no mundo árabe surgem classificados como “não livres”.

Como resultado, os árabes que vivem nesses países ou não estão informados ou são mal informados. Não podem lidar adequadamente com, e muito menos discutir, assuntos que afetam a região e as suas vidas no dia a dia. Uma narrativa decidida pelo Estado domina a psique pública e, embora muitos não acreditem nela, uma grande parte da população é vítima dessa falsa narrativa. Infelizmente, é improvável que a situação mude.

O mundo árabe estava cheio de esperança na primavera de 2011. Jornalistas, académicos e a população em geral transbordavam de expectativa com uma sociedade árabe brilhante e livre nos seus respetivos países. Esperavam ser emancipados da hegemonia dos seus governos e das intervenções constantes e da censura de informação. As esperanças foram rapidamente desfeitas. Essas sociedades ou regressaram ao velho status quo ou passaram a enfrentar condições ainda mais duras do que anteriormente.

Um amigo meu, o proeminente escritor saudita Saleh al-Shehi, escrevia uma das colunas mais famosas jamais publicadas na imprensa saudita. Infelizmente, está agora a cumprir uma pena injustificada de cinco anos de cadeia por alegados comentários contra o establishment saudita. Quando o governo egípcio apreendeu a edição inteira de um jornal, o “al-Masry al Youm”, isso não indignou nem provocou uma reação por parte de colegas. Estas ações já não têm como consequência repercussões negativas entre a comunidade internacional. Em vez disso, geram uma condenação rapidamente seguida por silêncio.

Como resultado, os governos árabes ficaram com as mãos livres para continuarem a silenciar os media a um ritmo crescente. Houve um tempo em que os jornalistas pensavam que a internet ia libertar a informação da censura e do controle associados à imprensa escrita. Mas estes governos, cuja própria existência depende do controlo da informação, bloquearam agressivamente a internet. Também têm prendido repórteres locais e pressionado anunciantes a cortar o rendimento de publicações específicas.

Uns poucos oásis continuam a encarnar o espírito da Primavera Árabe. O governo do Qatar continua a apoiar a cobertura noticiosa internacional, num contraste com os esforços dos seus vizinhos para manter o controlo da informação a fim de apoiar a “velha ordem árabe”. Mesmo na Tunísia e no Kuwait, onde a imprensa é considerada pelo menos “parcialmente livre”, os media focam temas domésticos mas não temas que respeitem ao mundo árabe mais vasto. Hesitam em fornecer uma plataforma a jornalistas da Arábia Saudita, do Egito e do Iémen. Mesmo o Líbano, a joia da coroa do mundo árabe em matéria de liberdade de imprensa, tornou-se vítima da polarização e influência do Hezbollah, pró-iraniano.

O mundo árabe enfrenta a sua própria versão de uma Cortina de Ferro, imposta não por atores externos mas por forças domésticas em busca de poder. Durante a Guerra Fria, a Radio Free Europe, que se foi tornando ao longo dos anos uma instituição crítica, teve um papel importante a alimentar e suster a esperança de liberdade. Os árabes precisam de algo semelhante. Em 1966, o “New York Times” e o “Washington Post” assumiram a propriedade conjunta do “International Herald Tribune”, um jornal que acabaria por ser uma plataforma para vozes de todo o mundo.

A minha publicação, o “Post”, tomou a iniciativa de traduzir muitas das minhas peças e publicá-las em árabe. Estou-lhe grato por isso. Os árabes precisam de ler na sua própria língua para poderem compreender e discutir os vários aspetos e complicações da democracia nos Estados Unidos e no Ocidente. Se um egípcio ou egípcia ler um artigo a expor o verdadeiro custo de um projeto de construção em Washington, poderá compreender melhor as implicações de projetos similares na sua comunidade.

O mundo árabe precisa de uma versão moderna dos velhos media transnacionais, para que os cidadãos possam estar informados sobre eventos globais. Mais importante, precisamos de uma plataforma para vozes árabes. Sofremos de pobreza, má gestão e baixos níveis de educação. Criando um fórum internacional independente, isolado da influência de governos nacionalistas que espalham ódio através de propaganda, as pessoas comuns no mundo árabe conseguiriam lidar com os problemas estruturais que as suas sociedades enfrentam.”

05
Out18

PSD, o castelo de cartas

A comoção interna do PSD deixou há muito de ser divertida para se antever trágica.

Já não bastava a saída de Pedro Santana Lopes para criar um novo partido à direita, e a dissidência de alguns militantes laranja (menos conhecidos, reconheço), como também já temos o "Manifesto X" de Pedro Duarte, o "Movimento Chega" de André Ventura, e agora o Semanário Expresso noticia que Miguel Morgado quer lançar um movimento alternativo a Rui Rio.

No meio disto tudo, Luís Montenegro, que vem sendo apontado como o rosto para substituir Rio, diz que não quer avançar antes das eleições. Trocando por miúdos, quer chegar-se à frente depois da derrota eleitoral do PSD...Não é dificil perceber porquê...

Contudo, com o passar do tempo, Montenegro vê as suas hipóteses reduzirem-se (deixa de ser “útil”) e o regresso de Passos Coelho torna-se cada vez mais uma possibilidade para essa “linha de pensamento” do PSD.

Tic tac

 

 

03
Out18

Praxes, praxes, praxes...

Todos os anos (TODOS!) se fala em casos de excessos e de violência praticados nas praxes. E, todos os anos, é o deixa andar...

Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior em entrevista ao Expresso, rejeita uma lei para regular as praxes, adiantando que o problema deve ser resolvido “através do exemplo” e com a criação de “atividades alternativas”, porque tem tudo a ver com questões culturais.

Obrigada Manuel Heitor, nota-se que agora é que vai ser!

29
Set18

Cavaco vs Marcelo

Procurava escrever algo sobre o “azedume” entre o ex-presidente Cavaco Silva e Marcelo Rebelo de Sousa, o atual, a propósito da nomeação de Lucília Gago para o cargo de procuradora-geral da República.

Até que encontrei um artigo de opinião do Daniel Oliveira no Expresso Diário, que resume a situação. Aqui vai um breve excerto “[Cavaco Silva] estava à espera do momento certo para dar a ferroada ao Presidente que o fez esquecido em poucos dias. Julgou que quando falasse o país pararia, Costa tremeria, Marcelo se esconderia. Não percebeu, nunca perceberá, que um ataque seu não beliscaria o Presidente. Que uma das razões para Marcelo ser popular é ter vindo depois de Cavaco. É não ser Cavaco. É ser o oposto de Cavaco”

É isto. Não há muito a acrescentar

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