Rui Rio, líder do maior partido da oposição, sugeriu há umas semanas que as comissões parlamentares de inquérito passassem a incluir personalidade da sociedade civil de modo a credibilizar e dignificar esses órgãos, e aproximar os cidadãos ditos comuns à política.

Ao mesmo tempo, Rui Rio é conhecido por não debater os assuntos com o seu grupo parlamentar, eleito pelos cidadãos, que tem de votar como o “querido líder” quer. Ai de quem discorde!

Quando se pensava que já tinha esgotado o portfolio das saídas "uma no cravo, outra na ferradura" para mostrar que está vivo politicamente, Rui Rio decide que o importante neste período atípico é propor o fim dos debates quinzenais com o primeiro-ministro...

A quem se sentir confuso com o facto do PS não descer nas sondagens, perguntem-se, porque será?

Discursos que, infelizmente, tardam em sair de moda...

Está neste momento a decorrer a reunião do Eurogrupo que muito possivelmente ditará o futuro da União Europeia. A mim, pouco me importa que lhe chamem “eurobonds”, “coronabonds”, Plano Marshall, ou Mecanismo Europeu de Estabilidade. O que eu pretendo, tal como qualquer cidadão que ainda acredite no projeto europeu, é que exista uma ajuda real e consertada à altura da crise económica e social que se prevê, que afaste de uma vez por todas a ideia que as instituições europeias eclipsam-se em momentos de aperto.

Se assim não for, temo que se precipita o dia em que cada um seguirá o seu caminho.

Depois da entrevista de ontem à RTP, ficou bem vincado, até para quem desconhecia, o caráter e a fibra do nosso ex-presidente da República, General Ramalho Eanes.

Espero que nem ele (ou outra pessoa) chegue a uma situação em que realmente tenha de ceder o seu ventilador. Mas tenho a certeza que pelos princípios e valores morais com que o General Ramalho Eanes sempre pautou a sua vida, que não terá dúvidas se tal lhe bater à porta.

Aos 85 anos continua a mostrar a lucidez e inteligência, assertividade e liderança, a que sempre nos habituou, e à altura daqueles poucos homens a quem chamamos de estadistas, de quem tanto precisamos.

Por todo o contributo que deu ao país, em diversas frentes, ficará para a história como uma das maiores figuras da nossa democracia, e acima de tudo, como um dos nossos melhores.

Obrigada

Agora que o Orçamento de Estado foi aprovado, já há tema para animar as hostes por umas semanas... E já devem ter percebido qual é... Eutanásia, sim ou não? Em que condições? Deve avançar-se para referendo?

Para os que se sentem mais perdidos em relação a este tópico, este artigo do jornal Público pode ajudar. Explica a posição dos diferentes partidos em relação aos projetos de lei sobre a eutanásia, abordando diferentes pontos que ainda suscitam tantas dúvidas, tais como, saber quem pode pedir a antecipação da morte, quem faz a avaliação do pedido, ou quem pode administrar a eutanásia (entre outros)...

“Um grupo de cidadãos pediu esta segunda-feira numa carta enviada ao presidente da Assembleia da República a publicação imediata no site do parlamento do registo de interesses de deputados, que deveria ter sido feito até 24 de Dezembro. Os 11 signatários da missiva alertam que a não entrega das declarações de rendimentos, património e interesses pelos deputados é uma violação da lei e do princípio constitucional da liberdade de informação.”

O que seria de estranhar em Portugal era se os prazos fossem cumpridos...

Muito poderia ser dito sobre o congresso do PSD deste fim de semana e, particularmente, sobre o discurso de Rui Rio, que aparenta ter sido eleito presidente do partido pela primeira vez... Depois de alguns tropeções no descongelamento do tempo de serviço dos professores, mais uns supostos acordos para a descentralização, e de na última semana António Costa ter acabado a negociar com o Chicão (sim o Chicão!) para a proposta da descida do IVA da eletricidade para 6% não passar, o que mais tem de ser feito para Rio perceber que António Costa não quer “brincar” consigo?

Para resumir o conteúdo deste discurso, destaco esta afirmação “Rui Rio foi tirar o discurso ao congelador”. Sim, esta afirmação foi proferida pelo presidente do partido com o qual o líder laranja quer fazer acordos de regime...

“A sondagem da Intercampus, divulgada esta terça-feira pelo Jornal de Negócios, revela que o Chega triplicou as intenções de voto, comparando com a percentagem que obteve nas legislativas de 6 de outubro que lhe valeu a eleição de um deputado.

Se as eleições fosse agora o partido, liderado e representado no Parlamento por André Ventura, conquistaria 4,8% dos votos, o triplo dos 1,29% que somou nas últimas eleições.

Este valor é já superior ao previsto para o CDS-PP que, segundo o barómetro da Intercampus, só reúne 2,9% das intenções, o que representa uma queda - da já grande queda de si – do que foram os resultados dos democratas-cristãos que passaram de 18 para cinco deputados, tendo obtido apenas 4,22% dos votos nas legislativas.”

"A Iniciativa Liberal apresentou esta quarta-feira [quarta feira passada] um projecto de lei para que passem a estar plasmados no recibo de vencimento dos trabalhadores por conta de outrem os custos suportados pela entidade patronal no âmbito das contribuições para a Segurança Social".

Pelo que se percebe da notícia, João Cotrim de Figueiredo defende uma maior transparência nos recibos de vencimento, para tornar os cidadãos mais exigentes com as despesas do Estado...

Tenho a dizer que concordo plenamente com o deputado do Iniciativa Liberal. Que aproveite e acrescente na mesma proposta o valor acrescentado de cada funcionário para o desempenho económico/financeiro da empresa. Temos de tornar os cidadãos mais exigentes quanto ao comportamento das empresas para as quais trabalham.

Transparência acima de tudo! De nada pela sugestão.