No dia 28 de outubro decorre a segunda volta das eleições presidenciais no Brasil que opõe Jair Bolsonaro pelo Partido Social Liberal (PSL), a Fernando Haddad pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
Na primeira volta, o que pudemos facilmente constatar foi que os partidos do centro saltaram logo fora. E isso é um péssimo sinal, independentemente do país em que ocorresse.
E vocês perguntam: de quem é a culpa? E eu respondo, com outra pergunta: de quem não é a culpa?
Vamos por partes. Quando os partidos se arrastam no poder por anos e fazem “orelhas moucas” às insatisfações dos seus cidadãos, é normalmente isso que acontece, um rompimento (lógico ou ilógico) por parte dos eleitores. Vejamos o que está a acontecer em alguns países da Europa (ex: Suécia, Itália, França), que enfrentam o problema dos refugiados e da imigração. Os respetivos governos pensavam que por não discutirem o tema, que ficava tudo resolvido por “omissão”, só que não é bem assim... É apenas uma questão de tempo, até aparecer um qualquer “Messias” ou “Salvador”que comece a falar nesses problemas e passe a ser a voz desses eleitores. E votar num “Messias” também é um ato democrático, não é?
No Brasil, também acontece isto. Mas, é muito mais do que isto...
É um cocktail explosivo de uma crise económica e de falta de emprego, com uma descrença face à política decorrente da corrupção que tem afetado todo o sistema político, mais particularmente o PT (daí o forte anti-petismo). A isto juntamos um saudosismo dos tempos de ditadura (por Portugal também o há de vez em quando) e uma violência, que em alguns casos, não deixa a dever à de alguns países em guerra. Toda esta “tempestade perfeita” fez com que os brasileiros ansiassem por um “Messias”. E o “Messias” brasileiro apareceu, Bolsonaro de seu nome...
Nesta história, não há inocentes...