Infarmed e a "descentralização"
Adalberto Campos Fernandes, ministro da Saúde (por pouco tempo, espera-se), anuncia que a decisão do Infarmed ir para o Porto passa a estar suspensa, argumentando que é uma decisão "coerente". Desculpe, como disse? Coerente? Em quê? A lengalenga da descentralização do PS, é então só para enganar os mais distraídos? Que ultraje!
Sem o Porto pedir o que quer que fosse, o Governo apoiou a ida do Infarmed para o norte do país. Depois lembrou-se que afinal era necessária a realização de alguns estudos. Qual era a ideia? Já se tinham arrependido e pretendia-se que os estudos mostrassem que a transferência para o Porto não era viável. Contudo, os planos falharam ao ministro, e já sem grandes alternativas, Campos Fernandes decidiu suspender tudo. E porquê? Pelo único argumento que realmente interessou e que se procurou mascarar ao longo dos meses. Porque os funcionários do Infarmed não querem ir para o Norte.
Se isto é requisito, o Norte também não quer. Não quer, garantidamente, que Adalberto Campos Fernandes continue ministro.